“Ninguém foi trabalhar. Era uma manhã sombria. Havia algo no ar. ‘Alguma coisa está para acontecer’, alguém comentou. De repente, disseram que a guerra tinha chegado ao fim. Todos ficaram loucos”. As palavras são de Dennis Barker, um dos muitos britânicos que foram para as ruas de Londres celebrar o fim da Primeira Guerra Mundial no dia 9 de novembro de 1918. O relato completo que Barcker faz sobre o chamado “Dia do Armistício” é parte do excelente roteiro de aula Como a Primeira Guerra Mundial é relembrada?, criado por Katherine Alston, do grupo Imperial War Museums, da Grã-Bretanha. O roteiro de Alston, que acaba de ser disponibilizado no site da instituição para download gratuito, é voltado especialmente para professores de História do Ensino Médio.
Como o título sugere, o roteiro foca nos diferentes processos de construção de memória da Primeira Guerra Mundial. Além do relato de Dennis Barker, ele inclui fotos, vídeos, áudios, fontes primárias e uma apresentação de Power Point. O roteiro é dividido em seis etapas, cada qual representado por uma grande pergunta norteadora: 1. Como as pessoas se lembram do fim da Primeira Guerra Mundial?; 2. Como as comunidades locais se lembram daqueles que morreram na Primeira Guerra Mundial?; 3. Como os museus ajudam a lembrar a Primeira Guerra Mundial?; 4. Como a Primeira Guerra Mundial é lembrada nas casas das pessoas?; 5. Como as pinturas têm sido utilizadas para lembrar a Primeira Guerra Mundial?; 6. Quais souvenirs da Primeira Guerra Mundial foram guardados para se lembrar a Primeira Guerra Mundial?
Roteiro possui material diversificado
Cada etapa do roteiro possui um material diferente. Na primeira, por exemplo, dedicado à memória das pessoas da época, encontramos o relato de Barker que, naquele novembro de 1918, tinha acabado de deixar a escola e trabalhava como mensageiro. Na quinta momento, dedicado à produção artística, temos um quadro a óleo chamado Gassed, feito por John Singer Sargent (1856-1925), contratado pelo Governo Britânico para pintar uma cena do Hall of Remembrance ou Hall da Lembrança, uma série de pinturas e esculturas encomendadas, em 1918, pelo Comitê Britânico de Memoriais de Guerra do Ministério Britânico da Informação. Painel monumental, Gassed retrata o momento posterior de uma tropa atacada com gás mostrada rumo a um posto de limpeza.
Atividade pode envolver professor(a) de inglês
O material disponibilizado pelo grupo Imperial War Museums está todo em inglês. Se o professor ou professora de História interessado em aplicar a proposta tiver nível intermediário da língua, poderá traduzi-lo sem problemas. Não havendo essa autonomia, uma solução é convidar o(a) professor(a) de inglês para uma atividade interdisciplinar. Esta opção é uma ótima forma de explorar todo o potencial do roteiro.
A organização Imperial War Museums
Imperial War Museums é uma entidade britânica subvencionada pelo governo, mas que também conta com financiamento da iniciativa privada. É responsável por gerenciar vários museus dedicado às guerras nas quais o Império Britânico esteve envolvido. O principal desses museus, o Imperial War Museum, localizado em Londres, foi fundado em 1917. Ele e seus museus-irmãos reúnem milhares de artefatos como veículos militares, armas de todos os tipos, aviões de combate, livros, fotografias, documentos, vestuário e uma coleção de arte do século XX e de séculos anteriores dedicada à guerra. Além da rica museografia, o museu também produz e disponibiliza materiais – sobretudo roteiros de aula – voltados para professores.
O livro do historiador Bruno Leal, professor da Universidade de Brasília, é destaque na categoria “historiografia” e “ensino e estudo”da Amazon Brasil. Livro disponível para leitura no computador, no celular, no tablet ou Kindle. Mais de 60 avaliações positivas de leitores.
Link quebradooooo… QUebradoooooo…. Woooowwwww quebradoooooooouuuuuuuuuuuuuuuU!!!!
Plácido, o link não está quebrado.
O IWM informa que o acesso está negado.
Pode ser algo temporário. Tente mais tarde.
Até outro dia estava super disponível.