A prova da professora Hannah Arendt
Hannah Arendt foi uma das maiores pensadoras do século XX. Refugiada do nazismo, ela construiu uma carreira sólida nos Estados Unidos, onde publicou diversas obras e atuou como professora. No início dos anos 1960, Arendt cobriu, por exemplo, o julgamento do criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann, em Israel. Ela surpreendeu-se com o que viu no tribunal: o alemão era magro, tinha baixa estatura, parecia frágil e muito tímido. Não era lá muito inteligente e nem maquiavélico; particularmente não demonstrava nenhum ódio enraizado contra judeus, embora tivesse investido grande esforço em eliminá-los. Um retrato bem diferente do nazista do senso comum. Depois da experiência, Arendt cunhou o termo “banalidade do mal” (sim, o mal pode ser absolutamente banal).
Eu sempre tive muita curiosidade para saber mais sobre a Hannah Arendt professora. Esta semana descobri o exame final do curso “Sobre a revolução” (titulo de um livro dela), ministrado por ela no Departamento de Ciência Política da Northwestern University, nos EUA. O documento foi compartilhado pela pesquisadora Samantha Rose Hill, do Hannah Arendt Institute for the Research on Totalitarianism.
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