Vem de Curitiba mais uma boa prática no campo da educação básica. Em meio ao isolamento social, o professor de História Tiago Rattes, de 37 anos, aplicou uma estratégia de gamificação inovadora com os seus alunos 7° ano. Ele utilizou um formulário do Google Forms, uma ferramenta simples e gratuita do Google, para desenvolver uma atividade-jogo chamada o “Conselho do Rei” – clique aqui para conhecer.
O game convida o aluno a imaginar-se em um círculo de confiança de um monarca absolutista no início da formação dos estados nacionais. A cada nova etapa eles são apresentados a situações históricas típicas do período e tem que opinar, tendo sempre dois possíveis caminhos.
“Em um certo momento, por exemplo, o rei questiona se ele deve buscar consolidar seu poder pelo carisma ou pela imposição e sua autoridade. Na atividade não existe o certo ou errado de uma atividade tradicional. Cada resposta leva o aluno a uma observação histórica que gera a reflexão. Se os alunos aconselham o rei a investir no carisma, eles serão alertados que embora o carisma seja algo importante, os adversários do rei estão conspirando contra ele nos bastidores por acharem que ele é incapaz de impor seu poder. Aqui eu abro espaço para debater com o aluno as ideias de pensadores como Maquiavel e Hobbes”, explicou o professor ao Café História.
Criatividade no isolamento
Rattes, que é mineiro de Juiz de Fora e professor da Escola Projeto 21, em Curitiba, conta que a ideia do jogo-atividade surgiu dentro do contexto de isolamento social contra a pandemia do novo coronavírus:
“Já havia um tempo que eu tinha interesse em explorar recursos de gamificação em sala de aula. Diante da situação de isolamento social, entendi que era a hora de tirar o projeto do papel e aplicá-lo. Uma das coisas que favoreceu a sua aplicação foi que nossos alunos têm um grau de iniciação digital ótimo e se familiarizam muito com esse tipo de estratégia. Mas a atividade teve boa aceitação também entre aqueles que tem menos familiaridade com ferramentas digitais ou jogos”.
Tudo pode ser feito de casa, enquanto as aulas presenciais não recomeçam. Mas enquanto isso não acontece, o professor está neste momento aperfeiçoando a atividade do sétimo ano e preparando outra, exclusiva para o sexto ano, que vai abordar as Sociedades Fluviais. Nessa nova atividade, a turma será convocada a se imaginar em uma tribo que está passando do nomadismo para o sedentarismo, e nesse processo estão se aproximando de um grande rio no Oriente Médio.
“A ideia das atividades é desenvolver competências gerais como o Pensamento crítico, criativo e cientifico nos alunos, já que o processo de imaginação e reflexão acaba favorecendo que os alunos construam saberes importantes da História. Além disso, a competência da cultura digital é bem desenvolvida neste processo, já que a noção de protagonismo com as ferramentas digitais norteia boa parte do trabalho”, diz Rattes.
mestrado em história
LIVRO NOVO DO HISTORIADOR BRUNO LEAL (UnB e CH)
Quero fazer mestrado em história
leia no celular.
leia no computador.
leia no tablet.
leia no kindle.
clique aqui.