Podcast produzido por historiadoras analisa o fenômeno do nazismo

Com produção integralmente feminina, o podcast Desnazificando é comandado por estudantes do curso de História da UFMG. Ele está disponível gratuitamente nas principais plataformas do segmento.
16 de abril de 2021
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As recentes manifestações públicas da extrema direita têm evidenciado que o autoritarismo não é um fenômeno superado pelo século 20. Por isso, é cada vez maior o número de pessoas interessadas em entender tanto as experiências autoritárias do passado quanto as do presente. Se você é uma dessas pessoas, o podcast Desnazificando certamente vai te interessar. Ele é produzido por historiadoras do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Autoritarismo e Totalitarismo (NEPAT), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Lançado em junho de 2020 e já tendo ultrapassado a marca dos 20 episódios, o  Desnazificando aborda prioritariamente temas relacionados ao nazismo, mas também discute temas de educação, cultura pop e história de uma forma geral.

O Desnazificando, assim como o NEPAT, é formado apenas por mulheres, estudantes de graduação, mestrado e doutorado da UFMG. Anna Viana, Bárbara Deoti e Maria Visconti comandam os episódios com doses equilibradas de descontração, que nos fazem sentir em uma roda de conversa, mas sempre com bastante embasamento teórico. As três coordenadoras do projeto realizam pesquisas acerca do nazismo e compartilham com os ouvintes questões socialmente vivas sobre a temática.

Desnazificando é um termo que pode gerar curiosidade. Ele deriva de desnazificação, nome dado a um conjunto de medidas empreendido pelas forças aliadas no imediato pós-guerra a fim de extirpar o nazismo da sociedade alemã e austríaca. No entanto, ao longo dos episódios as apresentadoras destacam o processo de desnazificação não acabou no imediato pós-guerra, sendo um desafio do tempo presente.

Em clima de descontração, as estudantes afirmam na chamada dos episódios que abordam “pesquisa, educação, nazismo, século 20 e o que mais der na telha”. As costuras entre historiografia e temas difundidos na cultura pop animam a escuta dos áudios. Há um episódio que alia possíveis interseções entre o vilão Thanos e o mito nazista, por exemplo. Além disso, as pesquisadoras também recebem convidadas de outros grupos de pesquisa. É o caso do episódio dedicado a como ensinar História da África, que contou com a presença de Tamires Celi, membra do GEAP – UFMG (Grupo de Estudos de África Pré-Colonial).

Os episódios do Desnazificando são publicados quinzenalmente e contam com um debate sério e profundo sobre a temática nazista. Suas apresentadoras indicam as referências bibliográficas utilizadas na elaboração de cada episódio. Se quiser adentrar em discussões pertinentes ao assunto, esse é um ótimo começo. Confiram o último episódio que foi ao ar:

Thaís Pio Marques

Faz parte da equipe do Café História, onde realiza estágio voluntário. Graduada em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Durante a graduação fez parte do Grupo PET Conexões de Saberes – Licenciaturas, voltado para a elaboração e desenvolvimento de Projetos pedagógicos interdisciplinares. Atualmente, organiza o perfil de Instagram “Poesia e oralidade”, onde compartilha textos breves sobre competições de poesia (slams) e seus participantes. O trabalho na rede social é
articulado aos estudos sobre História Oral e História Pública.

2 Comments Deixe um comentário

  1. A minha mulher è austriaca e vivemos os dois em Munique,Alemanha.
    È verdade que nao gostam dos estrangeiros,aproveitam-se deles para lhes fazerem os trabalhos mais pesados e mesmo assim continuam assim mesmo depois das guerras mundiais que perderam,faz parte da cultura deles,e nao vao mudar nada,porque sao assim mesmo,mas fazem isso com todos os estrangeiros,mesmo com os suiços,que è o memso povo e lingua,parte alema,teem este problema de complexo de superioridade.
    Faz 24 anos que vivo aqui e nunca vi mudança,mesmo tendo mudado de nome para ser mais bem aceite,mas nao vejo nada,è frustante tal situaçao e gostava de ir embora,mas infelizmente nao è fäcil,devido a termos filhos e netos aqui.
    Ä que viver e aprender a cada um no seu canto,porque eles nao convidam ninguèm para ir a casa como fazem os outros povos.

  2. Que descoberta incrível ! Sou acadêmico de história e me interessa muito o tema, e esse podcast caiu como uma luva. Parabéns a indicação e às professoras que o produzem!

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