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Morre o Papa Francisco, aos 88 anos

Papa Francisco acena para fiéi

Papa Francisco tinha 88 anos e era Argentino. Foto: Reprodução.

O Papa Francisco, líder espiritual de 1,3 bilhão de católicos em todo o mundo, faleceu nesta segunda-feira aos 88 anos, após uma série de uma longa lura contra problemas pulmonares iniciados por uma infecção respiratória polimicrobiana A notícia foi confirmada pelo Vaticano.

Francisco foi internado em fevereiro no Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, após uma crise de bronquite persistente, que evoluiu para uma infecção polimicrobiana. Ele teve alta há duas semanas, voltou às atividades, mas não resistiu. Apesar dos esforços médicos, incluindo ajustes na terapia e monitoramento contínuo, seu estado de saúde deteriorou-se rapidamente.

O histórico médico do pontífice agravou desde o princípio o cenário: em 1957, ele perdeu parte do pulmão direito devido a uma infecção grave, o que o deixou vulnerável a complicações respiratórias ao longo da vida. Nos últimos anos, enfrentou pneumonia (2023), dores crônicas no joelho e mobilidade reduzida, além de cirurgias abdominais e de catarata. Apesar disso, mantinha uma agenda extenuante, adiando repouso até o limite.

De orge Mario Bergoglio ao Papa Francisco

O Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina, é o primeiro papa latino-americano e jesuíta da história. Ordenado sacerdote em 1969, destacou-se por sua atuação pastoral próxima aos mais pobres e por sua liderança na Companhia de Jesus na Argentina, especialmente durante o período da ditadura militar.

Em 1998, Bergoglio tornou-se arcebispo de Buenos Aires e, em 2001, foi nomeado cardeal pelo Papa João Paulo II. Sua trajetória na Igreja foi marcada pela simplicidade, pela defesa da justiça social e pelo compromisso com a renovação espiritual.

Eleito em 13 de março de 2013, após a renúncia de Bento XVI, Francisco adotou um estilo de liderança humilde e reformista, enfatizando temas como o cuidado com os marginalizados, a ecologia e a necessidade de uma Igreja mais inclusiva. Seu pontificado tem sido marcado por esforços para modernizar a instituição, promover o diálogo inter-religioso e lidar com desafios internos, como a crise dos abusos sexuais. Francisco também reforçou a importância da misericórdia e da compaixão como pilares da fé cristã, buscando aproximar a Igreja das realidades contemporâneas.

Sua morte encerra um pontificado marcado por reformas progressistas, como a defesa dos pobres, o diálogo inter-religioso e a abertura a temas sociais controversos, como a aceitação de divorciados e a crítica ao capitalismo desenfreado.

Com a morte do Papa Francisco, o governo da Igreja Católica passa temporariamente para o Colégio dos Cardeais, que convocará um conclave na Capela Sistina para eleger o novo pontífice. Dos 253 cardeais, 140 têm menos de 80 anos e podem votar.

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