Morreu nesta quarta-feira, 21 de abril, segundo a imprensa francesa, de complicações derivadas da Covid-19, o historiador francês Marc Ferro. Ele tinha 96 anos e vivia em Saint-Germain-en-Laye, Yvelines, na França. Ferro era um dos mais ilustres historiadores franceses de sua geração. Especialista no século XX, ele estudou assuntos relacionados a Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa, História da Françae o processo de descolonização.
Foram os seus estudos sobre cinema, no entanto, que mais marcaram a sua carreira. Ferro foi um dos pioneiros no uso da imagem, particularmente os filmes, como fonte histórica. Um de seus mais importantes trabalhos na área foi publicado, no Brasil, em 1977: “Cinema e História”. Fascinado pelo audiovisual, ele também foi aprsentador do programa “História Paralela”. No Caderno +mais!, da Folha de S.Paulo, em 1996, Sheila Schwarzman escreveu:
“O cinema, objeto de interesse de Ferro desde os anos 70, está sempre presente como um documento, da mesma forma que as fontes escritas, e mais ainda, é no cinema que em geral vai buscar a fala e o lugar de resistência do colonizado que, privado do controle político e da burocracia, teve no cinema uma de suas formas principais de expressão.”
Em 1996, Ferro visitou o Brasil. Ele esteve em Salvador, na Bahia, para participar do simpósio internacional A Guerra de Espanha e a relação cinema-história, organizado pela Oficina Cinema-História (UFBA).
Triste notícia. Uma perca irreparável. Mas, é nobre o papel desse site nesse papel informativo.
Ah, só perdendo gente boa para o Covid-19. Aprendi muito lendo seus livros!
Mais um insubstituível que se vai. Triste.
A historiografia de luto!
Grande historiador. Viveu bem e deixa um legado valioso. Um mestre para aqueles que estudam a relação entre a história e o cinema, como documento e ferramenta da história.
Sempre o utilizei como referência nas minhas aulas de Sociologia da Comunicação. A relação História-Cinema tem nele sua principal referência de estudo.
Uma grande perda a historiografia. Que seu legado seja perpetuado pelas gerações seguintes.
Aprendi muito ,lendo suas obras, tomara que as forças da natureza nos traga outro
Carlos veriano, a nova história perde um de seus ícones.