Você já leu contos africanos? Duas obras que celebram a rica tradição oral africana estão disponíveis gratuitamente na Amazon Brasil. Os livros, intitulados Contos Folclóricos Africanos, apresentam uma seleção de histórias que exploram a diversidade cultural do continente. Com textos bilíngues (português e inglês), os volumes podem ser lidos em tablets, computadores, celulares ou dispositivos Kindle, oferecendo acesso prático a leitores de todas as idades. Para fazer o download, clique aqui.
O projeto dos contos africanos é uma iniciativa do Sesc e conta com contos recolhidos por exploradores, missionários e governantes europeus. Os autores Elphinstone Dayrell, George Bateman e Robert Hamill Nassau compilaram narrativas transmitidas oralmente por gerações.
A riqueza do folclore africano
O continente africano é reconhecido como o berço da civilização, e suas histórias refletem uma cultura vasta e diversificada. Nos contos africanos, a influência moura é perceptível em narrativas da África setentrional, onde sultões e seres mágicos ganham vida. Já nas florestas do Congo, sociedades de animais demonstram inteligência que rivaliza com a dos humanos. Nas ilhas orientais, as histórias tomam a forma de alegorias morais, espelhando antigas tradições tribais.
Glauber, um professor de história de 39 anos, entra em um túnel de sua cidade e nunca mais consegue sair de dentro dele. Ele não foi assassinado e nem sequestrado. É que o túnel simplesmente não tinha fim. Neste conto de terror psicológico, o historiador Bruno Leal explora medos e ansiedades modernas. Você nunca entrará num túnel da mesma forma. Clique aqui para conferir.
Essas narrativas de contos africanos não são apenas histórias: elas carregam crenças, valores e códigos de ética que ajudam a compreender a sociedade africana antes da colonização europeia. Elementos como animais falantes, comuns no folclore local, também aparecem em mitologias de diversas culturas, como as fábulas de Esopo e as lendas chinesas e indianas. Essa universalidade é um dos grandes atrativos da coletânea, que conecta os leitores a uma herança cultural global.
Acesso gratuito e fácil
Os dois volumes de Contos Folclóricos Africanos podem ser baixados sem custo na plataforma da Amazon Brasil. Para isso, basta ter uma conta na loja virtual e acessar os links dos e-books. A edição bilíngue dos contos africanos é especialmente atraente para quem deseja aprimorar o inglês enquanto conhece mais sobre a cultura africana.
Os livros são compatíveis com dispositivos Kindle e podem ser lidos em outros aparelhos por meio do aplicativo Kindle, disponível gratuitamente para Android, iOS e Windows. Essa acessibilidade amplia o alcance do projeto, democratizando o acesso à literatura africana.
A iniciativa do Sesc com os contos africanos contribui para preservar e disseminar histórias que, por séculos, foram transmitidas de forma oral. Agora, com a digitalização e tradução das narrativas, um novo público pode redescobrir as raízes do folclore africano.
Aproveite a oportunidade para mergulhar no universo encantador de sultões, animais falantes e lições de sabedoria que atravessam gerações. Há contos africanos para todos os gostos e idades!
Confira um trecho
“Muito tempo atrás, um médico sábio, ao morrer, deixou uma esposa e um bebê. Na idade apropriada, o menino foi batizado com o nome escolhido por seu pai: Hassee’boo Kareem’ Ed Deen’. Quando o garoto terminou seus estudos e já sabia ler, sua mãe o enviou a um alfaiate para aprender a profissão. Não conseguiu. Depois, o mandou até um ourives e ele tampouco foi capaz de dominar esse ofício.
O menino tentou diversos trabalhos, sem sucesso em nenhum deles. Enfim, sua mãe disse:
— É melhor você ficar em casa por um tempo — e essa proposta lhe agradou. Um dia, Hassee’boo perguntou à sua mãe qual era a profissão de seu falecido pai. Ela contou que ele havia sido um grande médico.
—E onde estão os livros dele?—indagou o menino.
— Faz muito tempo que não os vejo — respondeu a mãe—, mas devem estar no quarto dos fundos.
Vá procurá-los. Hassee’boo vasculhou a casa até encontrá-los, mas estavam praticamente destruídos por insetos. Não foi possível aproveitá-los. Tempos depois, quatro vizinhos foram à sua casa e pediram à mulher:
—Seu filho pode vir conosco cortar lenha na floresta? O trabalho consistia em cortar madeira, carregá-la em burros e vendê-la na cidade, onde era usada em fogueiras.”
Contos Folclóricos Africanos Vol.1 de Elphinstone Dayrell, George Bateman, et al.
