João do Rio e seus cinematographos | Mauad X | 2015 | 192 pp.
A Editora Mauad, em parceria com a FAPERJ, publicou, recentemente, o livro “João do Rio e seus cinematógrafos: o hibridismo da crônica na narrativa da belle époque carioca”, da pesquisadora Aline da Silva Novaes. O livro rememora o Rio de Janeiro do inicio do século XX aos 450 anos da fundação da cidade, propondo um olhar para a belle époque carioca e revela os costumes da sociedade da época. Quem conduz boa parte deste passeio histórico é o escritor-jornalista João do Rio, pseudônimo de João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto (1881-1921). João do Rio assinou a coluna Cinematographo, publicada na Gazeta de Notícias entre os anos de 1907 e 1910. No total, foram 147 colunas, a semana em revista, coletadas pela autora do livro. Nestas colunas, João do Rio, que também usava o pseudônimo “Joe”, pegava vá-rias sutilezas do povo carioca e brasileiro: “o brasileiro é o único ocidental que se faz acompanhar de um guarda-chuva, mesmo quando absolutamente não chove e o céu está azul”. Nas palavras de Aline da Silva Novaes, “a bem da verdade, a crônica de João do Rio, realmente, transcorre pela cidade, pela história, pela vida cultural e política, pelo jornalismo e pelo cinema. Operada por um cronista que ‘não abre mão de testemunhar o seu tempo, de ser seu porta voz’, se revela (…) uma cidade letrada, ou uma cidade de letras”. Para ler mais sobre este recente lançamento, clique aqui.
Sinatra – O Chefão | Companhia Das Letras | 2015 | 1292 pp.
1212. Este é o abundante número de páginas da segunda e última parte da mais nova biografia do cantor e ator norte-americano Frank Sinatra (1915-1998), ídolo pop de várias gerações mundo à fora. “Sinatra – O Chefão”, continuação de “Sinatra – a Voz”, foi escrito pelo jornalista americano James Kaplan e publicado, no Brasil, pela Companhia das Letras. Se no primeiro volume, Kaplan falou do homem que revolucionou a cultura de massa no pós-guerra, desde o declínio do rádio até a explosão da televisão, agora ele se concentra na construção da imagem de “chefão” do cantor, na sua polêmica proximidade com os homens do poder, especialmente da política americana. O livro começa em meados dos anos 1950, logo após Sinatra ganhar o Oscar de ator coadjuvante pelo seu papel no filme “A um passo da eternidade”, e segue até o seu último show, realizado em 1994, no Radio City Music Hall de New York, chegando, naturalmente, a sua morte, em 1998, aos 82 anos. O livro é recheado de detalhes, fotos e possui várias notas de rodapé, o que costuma fazer os historiadores respirarem de alívio. Para os fãs brasileiros, há várias passagens que envolvem o Brasil, como a parceria com Antonio Carlos Jobim ou o show que Sinatra fez no país, em 1980. Sobre este show, antológico, Kaplan lembra: “No concerto de 1980 no Rio de Janeiro, Sinatra teve um lapso de memória. Ele estava no meio de “Strangers in the Night”, canção que conhecia ‘tão bem quanto a palma da minha mão’, segundo ele mesmo contou, quanto a letra de repente lhe escapou. O estádio inteiro começou a cantá-la para ele – em inglês. Frank ficou emocionado”. Para saber mais sobre essas e outras histórias presentes em “Sinatra – O Chefão”, clique aqui.
A invenção da brasilidade | Jeffrey Lesser| Editora UNESP | 2015 | 291 pp.
A Editora UNESP acaba de publicar o mais novo livro do historiador norte-americano Jeffrey Lesser, “A invenção da brasilidade – Identidade nacional, etnicidade e políticas de imigração”. Concebido originalmente como parte da série Novas Abordagens, editada pela Cambridge University Press e coordenada pelo historiador Stuart Schwarz, professor da Yale University, “A Invenção da brasilidade” propõe um olhar inédito sobre o Brasil ao associar imigração, etnicidade e identidade nacional. Neste trabalho, Lesser busca escapar da ideia de uma história brasileira singular, como se o país fosse incomparável com outros, além de rejeitar uma visão regionalista desta mesma história. “A imigração”, sublinha o autor”, “é um tema que permite discutir o Brasil como ‘nação’(em termos de etnicidade e identidade nacional), paralelamente à postura mais tradicional, mas igualmente produtiva, de falar de ‘os Brasis’. Como demonstro ao longo deste volume, a imigração e seus efeitos são bem semelhantes, quer no caso da migração em massa para São Paulo ou da migração mínima para a Bahia”. O livro é dividido em seis capítulos e conta com uma diversa gama de imagens e tabelas. Jeffrey Lesser, professor da Emory University, é especialista em história do Brasil, com foco em imigração, já tendo lançado vários livros sobre o tema, entre eles “O Brasil e a questão judaica” e “Uma diáspora descontente”. Mais informações, clique aqui.