Instituição publicou nota de repúdio nesta quinta-feira.
Da Redação
Neste quinta-feira, 16 de março, O Instituto de História (IH) e o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgaram uma nota conjunta repudiando a ação de polícia militar, que lançou bombas nas dependências da universidade, na dispersão do ato.
Confira, na íntegra, esta nota:
“Lamentavelmente, como na noite de 20 de junho de 2013, a famosa “quinta sem lei”, o prédio do IFCS-IH (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e do Instituto de História da UFRJ) foi alvo da violência policial do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Após ato público plural e democrático, em que centenas de milhares de pessoas pacificamente manifestaram-se contra a perda de direitos que será produzida pelas reformas previdenciária e trabalhista do governo Federal, a polícia, que reprimia duramente os manifestantes por todo o centro da cidade, cercou nosso prédio e lançou dentro de suas dependências duas bombas de gás lacrimogêneo e mais sete de efeito moral. Os petardos produziram terror e pânico em quem estava no prédio. Registra-se que uma das bombas atingiu a porta principal e seus efeitos alcançaram o hall de entrada, tomando posteriormente todo o prédio.
Se já era inaceitável a repressão a trabalhadoras/es e estudantes no exercício de seu livre direito de manifestação, o fato fica agravado com o ataque ao espaço universitário. Tristes tempos em que policiais violavam as universidades permanecem ainda em nossa memória. A própria UFRJ já pagou pesado preço tenso sido vítima desta prática nefasta.
Repudiamos veementemente à ação da política contra manifestantes, bem como o ataque às nossas dependências e nossas/os estudantes e trabalhadoras/es. Repudiamos também que nosso prédio, patrimônio histórico pertencente à União, tenha sido mais uma vez duramente agredido. Esperamos que responsabilidades sejam devidamente apuradas.
Nos solidarizamos com as/os manifestantes vítimas da repressão policial e, por fim, reafirmamos a posição histórica desta casa em defesa da democracia e de seus direitos fundamentais.”
Assinam a nota: Marco Aurélio Santana, Diretor do IFCS-UFRJ, Cesar Gordon, Vice-Diretor do IFCS, Norma Côrtes, Diretora do IH-UFRJ, e Murilo Sebe Bon Meihy, Vice-Diretor do IH-UFRJ.