O termo “sans-culotte”, que remete à ausência das roupas da nobreza nos grupos populares, é anterior à Revolução, e aparece já no texto de Marat, O Amigo do Povo. O sans-culotte poderia ser um artesão, um pequeno patrão ou um compagnon (intermediário entre aprendiz e mestre), vivendo como artesão assalariado, criado doméstico ou pequeno comerciante. Desse modo, o termo não se referia a uma “classe”, tampouco a um “proletariado urbano”, mas designava uma aspiração política compartilhada por grupos citadinos e desprivilegiados.