Exposição virtual mostra como crianças e adolescentes de etnias indígenas enxergam o céu

"Os Céus dos Povos Originários” é uma organização conjunto entre o Museu de Astronomia e Ciências Astronômicas e o Museu do Índio.
5 de fevereiro de 2021
Exposição virtual mostra como crianças e adolescentes de etnias indígenas enxergam o céu 1
Desenho de João Fellipe da Silva Diniz, de 6 anos Ele é morador de Visconde de Mau, no estado do Rio de Janeiro. Aldeia: Puri da Mantiqueira. Título: "Maru voando".

Como será que as crianças e adolescentes que pertencem a povos originários estão observando o céu neste período de pandemia? Essa pergunta dá vida a nova exposição virtual “Os Céus dos Povos Originários”, que está aberta ao público no site do MAST desde 22 de janeiro. Para conferir a exposição, clique aqui

Fruto de uma parceria entre o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e o Museu do Índio (MI), da Fundação Nacional do Índio (Funai), a mostra combina saberes tradicionais, observação astronômicas, arte e, claro, o universo lúdico e criativo das crianças. A exposição reúne um total de 30 imagens de desenhos e pinturas feitas por crianças e adolescentes entre 5 a 15 anos, integrantes de doze povos indígenas. Com muitas cores e formas, os desenhos expressam a forma como essas crianças e adolescentes percebem o céu e os seus elementos mais marcantes. 

A maioria dos participantes da exposição mora em terras indígenas, onde estão localizadas aldeias cujos próprios nomes, em geral, representam conexão com a natureza. Estão representados na mostra trabalhos de indígenas que residem em nove estados brasileiros: Fulni-ô (Pernambuco), Guarani-Mbya (São Paulo), Guarani-Nhandeva (Rio de Janeiro), Guarani-Kaiowá (Mato Grosso do Sul), Puri da Mantiqueira (Rio de Janeiro), Manoki e Timbira (Mato Grosso), Tingui-Botó (Alagoas), Tupiniquim (Espírito Santo), Tabajara e Tapuio-Itamaraty (Piauí), Kariri (São Paulo e Ceará) e Pitaguary (Ceará). 

Os curadores da mostra – Victória Flório Pires de Andrade (coordenação) Alanna Dahan Martins, Kamylla Passos e Priscila Faulhaber (do MAST) e Alexander Noronha de Albuquerque, Bruna Cerqueira Sigmaringa Seixas, Carolina das Neves Francisco Lopez e Francisco Gomes Gonçalves (do MI) – pretendem, no futuro, ampliá-la com a colaboração de outros povos originários, sobretudo os que, por motivos diversos, não puderam estar presentes neste momento, a exemplo daqueles que habitam as regiões Norte e Sul.

Com informações do MAST

Bruno Leal

Fundador e editor do Café História. É professor adjunto de História Contemporânea do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB). Doutor em História Social. Pesquisa História Pública, História Digital e Divulgação Científica. Também desenvolve pesquisas sobre crimes nazistas, justiça no pós-guerra e as duas guerras mundiais. Autor de "Quero fazer mestrado em história" (2022) e "O homem dos pedalinhos"(2021).

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