Especial sobre o golpe de 1964 e a ditadura militar no Brasil é destaque no Café História

13 de março de 2019
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Série de vídeos começou nesta quarta-feira. Carlos Fico, Professor Titular de História do Brasil da UFRJ, responde perguntas básicas sobre o tema.

Bruno Leal | Agência Café História

O golpe de Estado que iniciou a ditadura militar brasileira (1964-1985) completa 55 anos em 31 de março/ 1º de Abril de 2019. Para marcar a data, o Café História preparou uma série de vídeos. Eles vão ao ar toda quarta e sexta-feira nos meses de março e abril. Nesses vídeos, o historiador Carlos Fico, Professor Titular de História do Brasil da UFRJ, um dos maiores especialistas no tema, responde perguntas básicas sobre o período.

A série é um esforço de divulgação científica no formato audiovisual que o Café História faz para esclarecer diversos episódios sobre o golpe e a ditadura. Fico vai abordar de forma simples e direta questões básicas, como, por exemplo, a participação dos parlamentares no golpe e o Ato Institucional Número 5, além de questões polêmicas, como aquela sobre o treinamento que comunistas brasileiros teriam recebido em Cuba e na China.

Especial sobre o golpe de 1964 e a ditadura militar no Brasil é destaque no Café História 1
Carlos Fico, Professor Titular de História do Brasil da UFRJ

O primeiro vídeo do especial foi publicado nesta quarta-feira, 13 de março. O vídeo responde a seguinte pergunta: O golpe de 1964 foi referendado pelo parlamento brasileiro? Fico responde que sim. Ele explica que o golpe não contou apenas com os militares e setores da população civil, mas também foi um golpe parlamentar.

“Na madrugada do dia dois de abril, o senador Auro de Moura Andrade reuniu às pressas o Congresso Nacional para declarar a vacância do cargo de Presidente da República, embora João Goulart estivesse no Brasil. Darcy Ribeiro, que era Chefe da Casa Civil, mandou uma carta para o senador Auro dizendo que o presidente ainda estava no brasil, mas mesmo assim o Congresso e o senador Auro de Moura Andrade declarou vacância do cargo de Presidente da República. Portanto, foi a culminância do golpe de estado de 64 na medida que essa declaração permitiu que o presidente da câmara assumisse indevidamente poder. E a gente pode dizer indevidamente, porque recentemente, anos atrás, o próprio Senado Federal brasileiro declarou aquela sessão, feita na madrugada, às pressas, uma sessão que não teria existido”.

Confira o primeiro vídeo da série na íntegra:

Como citar esta notícia

CARVALHO, Bruno Leal Pastor de. Especial sobre o golpe de 1964 e a ditadura militar no Brasil é destaque no Café História (notícia). In: Café História – História feita com cliques. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/especial-golpe-55-anos/. Publicado em: 13 mar. 2019.

Bruno Leal

Fundador e editor do Café História. É professor adjunto de História Contemporânea do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB). Doutor em História Social. Tem pós-doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisa História Pública, História Digital e Divulgação Científica. Também desenvolve pesquisas sobre crimes nazistas e justiça no pós-guerra.

5 Comments Deixe um comentário

  1. Parabéns ao Café História pela iniciativa deste especial sobre a ditadura civil-militar de 1964, no Brasil. Vivemos um momento em que se tenta apagar a memória do país e a inciativa do Café História é importantíssima para que a memória não morra e que nós, brasileiros, possamos aprender com o passado e valorizar e radicalizar a democracia.

    • Obrigado pelo retorno positivo.
      Sem dúvida se trata de questão de maior importância.
      Memória sensível que se conecta com o nosso tempo de múltiplas formas.
      Grande abraço, Roberto!

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