Paisagens da Metrópole da Morte | Cia das Letras | 2014 | 155 pp.
Acaba de ser lançado pela Companha das Letras o novo livro do historiador israelense Otto Dov Kulha, “Paisagens da Morte – Reflexões sobre a memória”. O livro de Kulha é uma análise dura e pessoal do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, e das análises que o envolveram nas décadas seguintes. O autor tinha dez anos quando foi enviado para Auschwitz, em 1943. A experiência pessoal faz com que este livro tenha um pegada diferente de outros lançados por Kulha, especialista em nazismo e Holocausto. “Paisagens da Metrópole da Morte” dialoga com a história, mas não é um livro historiográfico no sentido clássico. Ele é uma espécie de perfil autobiográfico, repleto de memórias, não só do tempo de prisioneiro, mas também de tempos que vieram depois de sua libertação. Repleto de imagens e com uma narrativa e bastante diversificada, o livro se aproxima muito mais de obras memorialistas, como aquelas de Primo Levi e Eli Wiesel, do que de trabalhos de cunho científico. O que não enfraquece de forma alguma sua pungência. “Paisagens da Metrópole da Morte” ganhou vários prêmios, entre eles o Jewish Quarterly-Wingate, e recebeu elogios de historiadores especialistas no assunto, como Ian Kershaw e Simon Schama. Confira mais aqui.
Arquivos Pessoais | FGV | 2014 | 282 pp.
O Café História recupera um lançamento de 2013 como dica para 2014: “Arquivos Pessoais: reflexões multidisciplinares e experiência de pesquisa”, da FGV Editora em parceria com a FAPERJ. Organizado por Isabel Travancas, Joelle Rouchou e Luciana Heymann, o livro traz para o leitor um conjunto de artigos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, de distintas áreas de investigação, que discutem pesquisas em arquivos pessoais e refletem sobre esses artefatos de forma rica e inovadora. Este é um campo vasto e a publicação cumpre papel importante na divulgação do seu “estado da arte”. O livro reúne artigos apresentados no seminário que teve o mesmo nome do livro, realizado nos dias 23 e 24 de agosto de 2010, na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. A obra é dividida em três partes: “Pensando arquivo” (com 4 artigos), “Arquivos e histórias” (com 4 artigos) e “Arquivos da literatura e das artes” (com artigos). Entre os autores estão nomes como Philippe Artieres, Felipe Brandi, Letícia Borges Nedel, Eduardo Coelho, Isabel Travanca, entre outros. A leitura de “Arquivos Pessoais” pode ser uma boa pedida para se prensar a importância e a função dos arquivos pessoais para a escrita da história. Saiba mais aqui.
História da Máfia | m.Books | 2014 | 208 pp.
De “O Poderoso Chefão” a “Família Sopranos”: todos já nos interessamos em algum momento pela realidade e pela fantasia que envolve as narrativas sobre a máfia. Força paralela que desafia o Estado, seja nos Estados Unidos, na Itália ou no Japão, a máfia é um tema inerente ao século XX. Para quem quiser saber um pouco mais sobre o assunto, não pode deixar de conferir o novo livro da editora M.Books, “A História da Máfia”, de Jo Durden Smith. O livro rastreia a história da organização desde a sua origem no século XIX como sociedade revolucionária camponesa até a derrubada do poder francês. Mostra também sua atração nos tempos modernos, com conquista de partes do governo italiano e ocupando lugar de destaque em diversos acontecimentos da história do Mundo. O livro de Smith traz ainda uma história minuciosa do papel da Máfia na Itália e nos Estados Unidos. Jo Durden Smith, falecido em 2007, teve uma vida produtiva como cineasta, escritor e jornalista. Escreveu sobre variados assuntos, da música pop em Londres aos movimentos da contracultura americano. “A História da Máfia” foi um de seus últimos trabalhos escritos, lançado em 2002. Confira mais aqui.