O Corpo da Nova República | Douglas Attila Marcelino | FGV Editora | 2015 | 486 pp.
A FGV Editora acaba de publicar o livro “O Corpo da Nova República – Funerais presidenciais, representação histórica e imaginário político”, do historiador Douglas Attila Marcelino, professor de teoria da história e história da historiografia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Baseado em sua premiada tese de doutorado, defendida no Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ, o livro oferece ao leitor um objeto de estudo tão interessante quanto inexplorado pela historiografia: os rituais políticos, culturais e sociais que gravitam em torno dos funerais de presidentes da República. Embora seu foco seja o funeral de Tancredo Neves, Marcelino explora rituais presidenciais fúnebres de uma forma geral, desde o início da República, além de problematizar os funerais antes de tudo como liturgias cívicas. Mais do que explorar a representação da morte no cultura política do republicanismo brasileiro, o autor investe nos sentidos na construção da memória social e na maneira como são construídas as narrativas históricas e identitárias de eventos que envolvem enorme visibilidade pública. Na palavras do autor, “logo após Tancredo Neves, foi elaborada uma narrativa histórica sobre os eventos que, juntamente com outras formas de representação do passado recente, disputava a figuração do ‘povo brasileiro’ como prensagem central de uma história que foi imediatamente colocada em questão pelo trágico acontecimento político ocorrido. Trata-se de um momento em que as fronteiras entre o público e provado pareciam mais do que nunca passíveis reinvenções”. Para saber mais sobre esse importante lançamento, clique aqui.
História das Cruzadas | Voltaire e Gustave Doré | Madras | 2015 | 240 pp.
Foi publicado recentemente pela Editora Madras o livro “História das Cruzadas”, escrito pelo filósofo francês Voltaire, um dos maiores expoentes do iluminismo, escritor conhecido no decorrer do século XVIII, e ilustrado por Gustave Doré, um dos principais nomes na história da ilustração no mundo ocidental. O livro é mais uma fonte primária do que uma obra de historiografia. Mas é exatamente nisso que reside a sua força. A história das Cruzadas é uma história de fé, violência e das migrações humanas. No século XI, a Igreja reunia cavaleiros para combater aquele considerados “hereges” (não cristãos, sobretudo muçulmanos) e, a partir desta luta, prometia-lhes a remissão de seus pecados. Esta pode ser considerada a origem das Cruzadas, tema que até hoje provoca polêmicas no seio da cristandade. O livro lançado pela Madras – que traz o olhar mordaz, dramático e humanista de Voltaire – cobre resumidamente a história das Cruzadas, desde a primeira Cruzada até a Tomada de Jerusalém, além de fatos ocorridos após esse episódio, em meio a inúmeras batalhas sangrentas. As invasões dos Cruzados a Constantinopla e os infortúnios dessa cidade e dos imperadores gregos também são relatados no livro. Para saber mais sobre a obra, inclusive como adquiri-la, clique aqui.
Múltiplo Machado | João Cezar de Castro Rocha (Organização) | EdUERJ | 2015 | 174 pp.
Foi lançado recentemente pela EdUERJ “Múltiplo Machado – I Colóquio Casa Dirce”, organizado por João Cezar de Castro Rocha. O livro é fruto do colóquio homônimo, realizado pela e na Casa de Leitura Dirce Côrtes Riedel entre os dias 27 e 30 de abril de 2015 por ocasião do centenário do nascimento da professora que dá nome a casa. O objetivo do encontro era reunir intelectuais de renome no Brasil com o propósito de estudar e discutir os diversos aspectos da obra de um dos autores mais relevantes da literatura brasileira, Macho de Assis. No total, o livro possui sete artigos: “Machado de Assis e o Romance”, de Sandra Guardini Teixeira Vasconcelos, “Machado de Assis e a Imprensa”, de Renato Casimiro, “Machado de Assis e a Correspondência”, de Sergio Paulo Rouanet, “Machado de Assis e a Crítica”, de José Luís Jobim, Machado de Assis e a Poesia”, de Cláudio Murilo Leal”, “Machado de Assis e a Crônica”, de Marcus Vinícius Nogueira Soares, e “Machado de Assis e o seu ideário da Língua Portuguesa”, de Evanildo Bechara. A obra, deste modo, cobre as várias facetas de Machado de Assis. Segundo Riedel, uma das autores da obra, o autor “é um ficcionista do perecível, influenciado pela falta de sentido da vida, na insatisfação schopenahueriana. Tem visão trágica da existência, ante o fluir do tempo e seu aspecto destruidor, ante a inconsistência das coisas”. Para saber mais sobre essa obra, clique aqui.