Militares brasileiros em operação. Foto: Força Expedicionária Brasileira, Biblioteca Digital do Exército. http://bdex.eb.mil.br/jspui/handle/123456789/7328
Um dos destaques é o livro “A Nossa Segunda Guerra”, do jornalista Ricardo Bonalume Neto, falecido em 2018. “A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial é um tema apaixonante, que cada vez mais ganha espaço na academia brasileira e relevância entre os estudiosos de História Militar. Não consigo pensar em melhor hora para que a obra de Ricardo Bonalume Neto voltasse ao mercado editorial.” – Icles Rodrigues , historiador e criador do canal Leitura ObrigaHISTÓRIA no YouTube.
“A Revolução de 1930 conta como a insatisfação popular, a crise econômica, o descontentamento de parte do Exército e uma corrente de notícias falsas formam um cenário propício a grandes mudanças na história. Esse conjunto de fatores foi o que deu origem ao movimento que tirou Washington Luís da presidência da República e abriu espaço para o governo Getúlio Vargas. O escritor e historiador Rodrigo Trespach reúne aqui informações cuidadosamente pesquisadas para mostrar como a chegada de Getúlio ao poder em 31 de outubro de 1930 deu fim às articulações políticas entre oligarquias regionais que marcaram a República Velha. Baseado na série documental Guerras do Brasil.doc, veiculada na Netflix, este livro é um convite para tentar entender como funciona a política brasileira e, mais do que isso, como lideranças, acordos e o modo de governar instaurados com a Revolução de 1930 transformaram para sempre o controle do poder no nosso país.”
“Os capítulos reunidos neste livro versam sobre o(s) universo(s) dos trabalhos de homens e mulheres, livres e escravizados(as), no Brasil escravista (século XIX), no pós-abolição e na contemporaneidade. Neles, as categorias de raça, gênero e classe mostram-se imbricadas nas abordagens de várias investigações que compõem a obra. No tocante aos períodos escravista e do pós-abolição, os estudos de casos analisam recortes geográficos diversos – Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul, este em comparação com Santiago de Cuba. Já aqueles cujas temáticas centram-se no contraponto da atualidade, as reflexões discorrem acerca da sociedade brasileira de forma ampla. A obra evidencia a exploração do(a) trabalhador(a), livre e escravizado(a), marcada por questões relativas a raça, classe e gênero, porém, da mesma maneira, ressalta a agência desses(as) homens e mulheres na luta por melhores condições sociais e de trabalho.
“De algum modo o projeto historiográfico ocidental parece ter se assentado sobre a utopia de conhecer o passado como ele realmente foi ou reconstruí-lo por meio de modelos teórico-científicos e dados empíricos em narrativas controladas pelos historiadores. Este projeto eivado de valores e interesses fez muito sentido no interior da imaginação histórica modernista, convicta de que a razão e a ciência poderiam conhecer, estabelecer e administrar tudo, inclusive o passado. Este projeto esbarra cada vez mais, após as muitas viradas críticas, em diferentes perspectivas historiográficas que problematizam a objetividade da História e do passado, que deixou de ser monopólio exclusivo dos historiadores, expondo fragilidades das metanarrativas históricas.”
“Depois de garimpar, em diversos arquivos alemães, anotar e analisar mais de 6 mil documentos, a autora produziu um trabalho inovador. As pesquisas se caracterizam pela abordagem do tema na perspectiva alemã, sendo que até hoje a historiografia o tem tratado do ponto de vista brasileiro. O livro trata, pois, de um tema crucial para o conhecimento da política externa e militar entre a Alemanha e o Brasil, no período de 1937 a 1942. Em particular, ocupa-se da maneira como Hitler tratou essa relação até o momento em que o Brasil declarou guerra em agosto daquele ano contra a principal potência do Eixo. A pesquisa envereda pela interseção entre os campos da história militar, história diplomática e cultura política, com destaque a diferentes dimensões das relações bilaterais. ”
“A importância da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial não pode ser avaliada apenas a partir de parâmetros quantitativos. É fundamental considerar que o país não tem um histórico de participação em conflitos. Pelo contrário, considerando nossa extensão territorial, população, importância estratégica, o número de vizinhos, histórico de intervenção militar para resolver conflitos internos, nossa presença em guerras além-fronteiras é bastante rara. Nesta nova edição de “a Nossa Segunda Guerra”, acrescida de belo posfácio do jornalista Leão Serva, a Contexto realizou importante trabalho de conferência de informações, assim como de seleção de imagens.”
” “disciplina” da historiografia, no sentido contemporâneo do termo, surgiu na transição do século XIX para o século XX, mediante um primeiro corpo de regras e normas metodológicas fixado sob influência do positivismo e do historicismo. Os autores e os textos que constam da presente obra foram escolhidos em função de seu caráter estratégico para a compreensão desse percurso de estruturação dos modelos de conhecimento histórico e de sua repercussão. Optou-se por autores e textos não (ou só dificilmente) disponíveis em português. A seleção, tradução e revisão dos textos foram feitas por importantes historiadores.”
Imagem usada na divulgação da capa e em pré-visualizações das redes sociais: Militares brasileiros em operação. Foto: Força Expedicionária Brasileira, Biblioteca Digital do Exército .