“O dia 20 de novembro simboliza a resistência dos africanos contra a escravatura. Essa resistência assume diversas expressões táticas e perpassa todo o período colonial. Durante esse período, em todo o território nacional, havia quilombos e outras formas de resistência que, em seu conjunto, desestabilizaram a economia mercantil e levaram à abolição da escravatura. Esse é o verdadeiro sentido da luta abolicionista, cujos protagonistas eram os próprios negros”.
Assim disse Abdias Nascimento em uma das centenas de entrevistas que deu ao longo da vida para jornais, revistas e periódicos.
Abdias é um dos grandes nomes da cultura brasileira e no movimento negro do Brasil. Ele também é um dos biografados do projeto “grandes vultos que honraram o Senado”, do Senado Federal, onde Abdias atuou como Senador da República. O download é gratuito e pode ser feito aqui.
O livro é de 2014 e foi escrito por Elisa Larkin Nascimento
profunda conhecedora da vida e da obra de Abdias. Ela é professora da UFF e dirigi o “Ipeafro – Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros”.
Segundo a autora, “desde os anos 1970, Abdias já lutava pela instituição do Dia Nacional da Consciência Negra, estabelecido em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, por tudo que esse grande líder significou para as aspirações de liberdade dos africanos que vinham para o Brasil na ultrajante condição de escravos”.
O livro do historiador Bruno Leal, professor da Universidade de Brasília, é destaque na categoria “historiografia” e “ensino e estudo”da Amazon Brasil. Livro disponível para leitura no computador, no celular, no tablet ou Kindle. Mais de 60 avaliações positivas de leitores.
Abdias Nascimento (1914–2011) foi um dos mais destacados intelectuais e ativistas pelos direitos dos negros no Brasil. Escritor, dramaturgo, político e artista plástico, dedicou sua vida à luta contra o racismo e pela valorização da cultura afro-brasileira. Fundador do Teatro Experimental do Negro (TEN) em 1944, Abdias usou as artes como ferramenta de conscientização e combate às desigualdades raciais. Também foi deputado federal e senador, destacando-se pela defesa de políticas públicas em prol da igualdade racial. Sua atuação no Brasil e no exterior, incluindo períodos de exílio, consolidou sua relevância como referência internacional na promoção dos direitos humanos e da cultura afrodescendente. Faleceu em 2011.