Do “homem dos pedalinhos” ao bicentenário da Independência – nossos livros de abril

Em abril de 2022, um dos nossos destaque é o livro "O homem dos pedalinhos", do historiador Bruno Leal. Nele, o criador do Café História examina a passagagem de Herberts Cukurs pelo Brasil, quando foi acusado de crimes de guerra cometidos durante a ocupação nazista da Letônia.
7 de abril de 2022
Do "homem dos pedalinhos" ao bicentenário da Independência - nossos livros de abril 1

“Em 1950, o imigrante letão Herberts Cukurs, então proprietário dos pedalinhos da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, foi acusado de ter cometido crimes de guerra durante a ocupação nazista da Letônia. O “caso Cukurs” logo se tornou conhecido no Brasil e no exterior e mobilizou governos, entidades judaicas e não judaicas, parlamentares e opinião pública. Percorrendo documentos inéditos, disponíveis no Brasil e no exterior, este livro examina a complexa construção do histórico “caso Cukurs”, sobretudo a posição das autoridades brasileiras diante dele.” Este é o resumo do livro “O homem dos pedalinhos. : Herberts Cukurs – a história de um alegado nazista no Brasil do pós-guerra”, do historiador Bruno Leal, professor do Departamento de História da UnB e fundador do Café História. Disponível nos formatos digital e impresso na Amazon Brasil e no site da Editora FGV.

Outro destaque deste mês é o livro “Pirataria e Publicação – o comércio de livros da Era do Iluminismo”, do historiador estadunidense Robert Darton, professor da Universidade de Harvard e estudioso da história da França do século XII. Nesta obra, Darton explora um aspecto ainda pouco estudado sobre a história do livro e da edição: a pirataria. Pelo menos metade dos livros vendidos na França entre 1750 e 1789 foram pirateados. Essas falsificações eram mais baratas que as oficias e inundaram o mercado francês. Prejuízo para os editores, mas uma dádiva para os revolucionários: boa parte desses livros foram responsáveis por espalhar as ideias que alimentaram a Revolução.  

A historiografia sobre os governos Vargas é uma das mais consolidadas no Brasil, mas nem por isso deixa de mostrar novidades. É o caso de “O Brasil tem asas – A construção de uma mentalidade aeronáutica no governo Vargas”, de André Barbosa Fraga, professor da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro. Na primeira metade do século XX, a aviação se tornou uma espécie de paradigma das nações mais modernas e promissoras. Ter aeronaves, aeródromos, pilotos, companhias aéreas e aeronáutica era uma forma de expressar o progresso. Em “O Brasil tem asas”, André Barbosa Fraga mostra como o nacionalista Vargas construiu essa mentalidade no Brasil.

E como 2022 marca o bicentenário da independência brasileira, nosso destaque vai também para dois livros que examinam o evento: o “Almanaque da Independência”, de Jurandir Malerba, e “Independência do Brasil”, de João Paulo Pimenta. O primeiro revitaliza a ideia de almanaque com um livro que é um primor visual, repleto de informações, personagens, reflexões históricas, fotografias e ilustrações de época, conectando passado e presente; o segundo é uma síntese sobre o processo da independência, e deve agradar tanto o professor quanto o leitor em busca de mais conhecimento sobre História do Brasil.

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Sugestão de leitura

Um dos principais lançamentos editoriais em 2022, ano do bicentenário, "Várias faces da Independência do Brasil" reúne os maiores especialistas no tema, que discutem populações indígenas, escravizados, batalhas, política e economia. Leitura ideal para professores e qualquer pessoa com interesse em entender melhor e de forma didática como se deu o processo de independência do Brasil. Clique na imagem para saber mais.

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