Divulgadas as novas notas das pós-graduações em História no Brasil

19 de setembro de 2017
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Cursos da UFF e da UFMG são os mais bem cotados pela nova Avaliação Quadrienal da CAPES.

Por Bruno Leal | Agência Café História

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) acaba de divulgar os resultados da avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu em funcionamento no Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), referente ao período 2013-2016. A área de História é coordenada por Carlos Fico, professor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro. As notas variam de 3 a 7 e a avaliação leva em conta diversos critérios, especialmente a produção de cada programa. Trata-se da principal avaliação da pós-graduação no Brasil, referente a todos as áreas.

CAPES-HISTORIA
Carlos Fico (em pé) e a equipe de História durante a Quadrienal 2017 (Foto: Haydée Vieira – CCS/CAPES)

No campo da História, é possível observar alterações significativas. De vinte programas nota 3, três subiram para nota 4 e um foi descredenciado. Dos vinte e dois programas nota 4, cinco subiram para nota 5 e dois tiveram seus doutorados descreenciados, ficando autorizados a funcionarem com mestrados nota 3. Dos doze programas nota 5, três caíram para nota 4 e os demais mantiveram a nota. Dos 3 programas nota 6, um caiu para nota 5, um foi elevado para a nota 7 e os demais mantiveram a nota. Dos dois programas nota 7, um caiu para nota 6. Os dois programas mais bem avaliados em História são os da UFF e da UFMG. Clique aqui para ler o relatório da área de História e aqui para ver os resultados de todos os cursos.

Comissão de avaliação

A Avaliação Quadrienal 2017 dos programas acadêmicos da Área de História aconteceu entre os dias 3 e 7 de julho de 2017. A comissão de avaliação foi composta pelos professores Andréa Carla Doré (UFPR), Andréa Lisly Gonçalves (UFOP), Arthur Alfaix Assis (UnB), Carla Mary da Silva Oliveira (UFPB), Helder Volmar Gordim da Silveira (PUC-RS), George Evergton Sales Souza (UFBA), Gabriela Pelegrino Soares (USP), Gilvan Ventura da Silva (UFES), Isabel Cristina Martins Guillen (UFPE), Jacqueline Hermann (UFRJ), Luís Reznik (UERJ), Luiz Carlos Villalta (UFMG), Maria Fernanda Baptista Bicalho (UFF), Marlon Jeison Salomon (UFG), Meize Regina de Lucena Lucas (UFC), Paulo Pinheiro Machado (UFSC), Paulo Roberto Staudt Moreira (UNISINOS), Rafael Ivan Chambouleyron (UFPA), Rebeca Gontijo Teixeira (UFRRJ), Silvana Barbosa Rubino (UNICAMP), além dos coordenadores da área.

Bruno Leal

Fundador e editor do Café História. É professor adjunto de História Contemporânea do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB). Doutor em História Social. Tem pós-doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisa História Pública, História Digital e Divulgação Científica. Também desenvolve pesquisas sobre crimes nazistas e justiça no pós-guerra.

4 Comments Deixe um comentário

  1. E de lamentar que o MEC não faça uma grande verificação na oferta Lato Sensu também . Hoje temos um verdadeiro balcão de facilidades para cursos em PDF. Tem Universidade/faculdades ,privada principalmente que fazem um verdadeira festa com dezenas de cursos em PDF com plataformas de EAD para inglês ver , e Tutorias quase sempre descontinuadas ou inexistente. Sem falar os chats de 50 a 100 alunos em duas agendas de 60 minutos rsrs como suposta de interação do processo. Estas Biroscas Certificadoras liberadas pela Gestão passada do MEC e tudo indica também a atual, ofertam dezenas de cursos de Pós , mas esquecem completamente o papel importantes das Tutorias para a manutenção do aluno. Além da pouca comunicação Docente e Discente é notório que não se estimula a continuidade do aprendizado , já que a meta parece que é matricular quanto a evasão fica em quinto plano. Pecam principalmente por suas plataformas de ambientes que pouco materializam a prática do conhecimento. É triste dizer, mas um curso por correspondência de algumas empresas da década de 70, 80, 90 erá capaz de proporcionar em alguns casos muito mais conteúdo e prática ao suporte do aprendizado a começar pelas Kits instrucionais etc. Na atualidade com as centenas de cursos ( 100% online) que é claro que pode existir, mas na forma que vem sendo conduzido com prioridade somente no conteúdo de dezenas de apostilas seguido de pouca ou quase nenhuma virtualiadede entre em partes envolvidas temos como resultado cursos fracos. É lamentável a pouca consistência formativa de alguns cursos (Instituições) para atender os objetivos acadêmicos do Aluno, mas sim o interesse pela cerificação. Leitura de textos PDF e obtenção de Diplomas por mera apresentação de uma monografia é uma porta aberta para formar um aluno frágil mas fácil de existir.

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