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Aula inaugural sobre negacionismos históricos vai ter transmissão online

A Casa de Oswaldo Cruz recebe em 19 de março, às 14h, o historiador Marcos Napolitano, da USP, para a aula inaugural "Negacionismos e revisionismos ideológicos: o conhecimento histórico em xeque".
26 de fevereiro de 2021
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Aula inaugural sobre negacionismos históricos vai ter transmissão online 1
Detalhe do hoje desativado campo de Auschwitz, na Polônia. Foto: Julia Sakelli, Unplash.

A atividade, que abre o ano letivo dos cursos de pós-graduação das áreas de história, patrimônio cultural e divulgação científica da instituição, será transmitida ao vivo pela página da Casa no Facebook. O evento é aberto e gratuito. Após a transmissão, a aula ficará disponível gratuitamente.

O termo negacionismo foi criado no final dos anos 1980 para se referir a negação do Holocausto. Nos últimos anos, no entanto, ele também tem sido designado para se referir a outras negações de eventos do passado, como a escravidão e a ditadura militar. No campo da ciência, o termo também é usado para deslegitimar fenômenos como o aquecimento global e a efetividade das vacinas e outros tratamentos. 

“Eu pretendo apresentar a discussão atual sobre o negacionismo, que é um fenômeno relativamente novo na conjuntura brasileira. [A aula vai abordar] não somente o negacionismo histórico, mas [também] os negacionismos científicos, que vêm tomando conta do debate público, e também discutir as fronteiras entre o revisionismo historiográfico e o revisionismo ideológico”, afirma Marcos Napolitano, que é especialista em Brasil Republicano, sobretudo na história da ditadura militar no Brasil.

O Café História já publicou diversos conteúdos sobre negacionismo. O mais recente é o artigo “Qual passado usar? A historiografia diante dos negacionismos”, do historiador Arthur Lima de Avila, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 

Com informações da Casa Oswaldo Cruz

Bruno Leal

Fundador e editor do Café História. É professor adjunto de História Contemporânea do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB). Doutor em História Social. Tem pós-doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisa História Pública, História Digital e Divulgação Científica. Também desenvolve pesquisas sobre crimes nazistas e justiça no pós-guerra.

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  1. Discussão necessária para que o conhecimento advindo de pesquisas validadas, sejam pilares do processo civilizatório que está sob ataques obscurantistas.

  2. O historiador é bom quando diz não ser filiado a nenhum partido político ou aficionado por qualquer ideologia, quer – vamos chamar assim – de direita ou da esquerda. E bom que também não exerça cargo político. Não vejo objeção quanto a cargo técnico. Fica difícil aceitar seus argumentos se ele não é isento politicamente ou ideologicamente falando.

    • “Não existe imparcialidade. Todos são orientados por uma base ideológica. A questão é: sua base ideológica é inclusiva ou excludente?”.
      PAULO FREIRE.

    • Vou assistir. O tema sugerido é muito pertinente dadas as atuais circunstâncias políticas e as ditas pautas identitarias. Vamos lá!

  3. Legal! Se tivessem reconhecido o Genocídio Armênio perpetrado pelos Turcos, talvez o Holocausto poderia não ter ocorrido, assim como muitos outros. Detalhe: Até hoje a Turquia nega, e muitos países ainda não reconhecem, dentre eles nosso querido Brasil!

  4. O tema em questão tem que ser mesmo objeto de discussões e estudos promovidos por acadêmicos respeitados . A nossa população de um modo geral tem que se inteirar do assunto para não ficar repetindo inverdades, tais como: negar a existência do holocausto, negar a tortura ocorrida durante regimes ditatoriais do nosso passado recente, negar a existência do efeito estufa, etc. Assunto super atual, não vou perder de jeito nenhum.

  5. É um tema que deve ser sempre discutido e estudado. E todos os jovens deveria saber pois é um um assunto muito comovente.
    Obrigado pelo convite

  6. Estarei sim a está aula! Como se pode ter acesso à artigos ou palestras feitas e publicados por vocês? Pergunto isso porque gostaria que meus alunos pudessem, de alguma forma, ter contato com tais assuntos.

    Grata

    • Oi, Adriana. Temos vários conteúdos sobre negacionismo no Café História.
      Acesse nossa página principal e, no campo de busca, jogue “negacionismo”.
      Certamente vai te ajudar a montar as suas aulas. Um abraço!

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