Certificados de cursos concluídos, recibos de aluguel, cadernos antigos da escola, textos já lidos da faculdade e até cartas de amigos que já não vemos há muito tempo. Todos nós guardamos em casa muitos documentos. Em geral, esses materiais ficam guardados em caixas, armários ou pastas, quase sempre à espera de organização e outros cuidados. Se você quer acabar com essa confusão documental e não sabe por onde começar, o Arquivo Público do Estado de São Paulo pode te ajudar. Em sua conta do YouTube, o APESP publicou o vídeo “Como organizar meus documentos em casa”.
O vídeo é apresentado por Maria Fernanda Mendes e Freitas, arquivista e coordenadora de acervo da Fundação Energia e Saneamento (Museu da Energia). Em pouco menos de cinco minutos, a arquivista apresenta dicas, simples e práticas, de como você pode deixar seus documentos pessoais organizados, para acessá-los facilmente sempre que precisar.
A especialista ensina também como classificar por assunto (moradia, trabalho, faculdade, fotos etc.) em pastas sanfonadas, pastas simples ou até mesmo em sacos plásticos individuais, tomando o cuidado para organizá-los por tipo de documento e de forma cronológica, além de aplicar essa organização por função também para os documentos digitais.
Campanha
O vídeo faz parte da campanha #ArquivoNossoDeCadaDia, uma iniciativa do Arquivo Público do Estado de São Paulo, que traz dicas de profissionais da área para ajudar você a cuidar de seus arquivos, impressos ou digitais, além de depoimentos de cidadãos sobre a relação com seus documentos pessoais. Em vídeos curtos, venha aprender com especialistas como organizar, preservar, recuperar e até mesmo gerenciar a produção de documentos do nosso dia-a-dia e coleções pessoais; como fotografias, livros, cds, discos, dvds, vhss, contas pagas, cartas, diários e outros registros de memória familiar. Para conhecer mais sobre a campanha e outros vídeos do APESO, clique aqui.
Arquivar a própria vida
Organizar documentos pessoais e profissionais pode parecer uma prática rotineira, mas ela tem muito a dizer sobre a forma como lidamos com as nossas memórias e até mesmo identidades. Organizar documentos é uma maneira de organizar a narrativa sobre quem somos, o que fizemos.
Quem refletiu sobre isso foi o historiador Philippe Artières. Ele é autor doe um clássico artigo intitulado “Arquivar a própria vida”. Para ele, nossa forma de arquivamento nada tem de fortuito. “Não arquivamos nossas vidas, não pomos nossas vidas em conserva de qualquer maneira; não guardamos todas as maçãs da nossa cesta pessoal; fazemos um acordo com a realidade, manipulamos a existência: omitimos, rasuramos, riscamos, sublinhamos, damos destaque a certas passagens”.
Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.
Com informações do APESP.
Apesar de ainda não ter lido toda a matéria e visto o vídeo, tenho certeza de que de excelente matéria cujo conteúdo auxilia imensamente o historiador no desempenho de sua nobre profissão.
Saudações,
Depois de 27 anos de atividades acadêmicas e profissionais no campo das Ciências da Informação, Conservação e Restauração, fiquei muito impressionado com a censura que recebi – minhas críticas e minha participação da página do Café História – depois que, num momento complicado das políticas culturais que o Brasil vêm sofrendo, não poderia deixar de vir fazer o que todos nós Arquivistas temos como fundamento ético de execução, a disseminação da informação. Me deixou curioso quais são as intenções reais desse seguimento? Meu questionamento circula sobre o tema Disseminação da Informação, que como um dos fundamentos da ciência arquivísticas, não podem perder a objetividade com uma matéria tão simplificadora da função desse segmento profissional. Atuante do segmento normatização e divulgação das atividades da área e não a desclassificação da importância profissional. Minha dúvida é porque não atuar na divulgação da importância das atividades de gestão da Informação e preservação da memória social ao invés de vídeos de “Coach” ensinando atividades básicas que compõe diversas publicações de Instituições de pesquisa Arquivísticas? Com diversas publicações e pesquisas desenvolvidas sobre o tema, na atual formas capacidades dos usuários sem qualificação ou especialidade, os grupos profissionais atuantes, podem ser classificados como “desnecessários” para os cenários atuais e futuros. Saudações Arquivísticas.
Paulo, eu não acredito que o vídeo de 5 minutos do APESP tem a intenção de desvalorizar o arquivista profissional ou representa qualquer ameaça a profissão. Pelo contrário, acredito que a campanha tem como objetivo aproximar a comunidade dos princípios básicos da arquivologia. Mas você tem, claro, todo direito do mundo de não ter gostado do vídeo do APESP. Até aí tudo bem. Mas precisa ter mais cuidado com os termos que utiliza. Você disse eu foi censurado na página Café História. Essa é uma acusação gravíssima. Quando e onde isso aconteceu?
Olá Bruno Leal!
Parabéns pela iniciativa de vocês, em especial o vídeo da Maria Fernanda, que por sinal é parecida com uma sobrinha minha de primeiro grau. Importante estas dicas, pois me lembrou o quanto eu e minha esposa ainda precisamos nos organizar, apesar de sermos bem experientes tanto na trajetória caseira, como na vida profissional. Venho acompanhando Leandro Karnal na CNN, e também já vi Mary del Priore pelo Youtube no programa do Ronnie Von, sendo bastante reverenciada pelo apresentador. “Historiadores voltam a Cena”.
Grande abraço a todos aí no Site, fiquem com Deus e se cuidem!
Nilton
Oi, Nilton. Obrigado pelo retorno.
Que bom que você gostou das dicas.
Eu também achei as mesmas muito úteis.
Elas nos ajudam no cotidiano.
Grande abraço pra ti!